16 novembro 2007

Estamos de Volta!!!!

Anima-nos a esperança de que este blog e o projecto encontrArte torne cada leitor mais consciente do seu papel na importância da criação e desenvolvimento de formas artísticas.
Este ano lectivo, estamos a fomentar a criação de uma revista, dedicada na sua publicação, a conteúdos artísticos criados pelos alunos e professores do AEV.
http://aevprintonpaper.blogspot.com
aevprintonpaper@gmail.com

25 março 2007

Mais ARTE!!!

Aqui fica o poema que foi dramatizado na abertura do

EncontrArte...


MANIFESTO À ARTE

Viva a ARTE!
Grita alguém, além.
Viva a ARTE?
Que ARTE? Abaixo a ARTE!
O que é a ARTE?
E esse alguém , já sem ninguém, responde:
É linguagem,
comunicação sem preconceito, mas com conceito,
Numa forma, que de um ponto segue em linha,
numa espinha atravessada na garganta de um poeta,
que transforma sangue exangue,
suor, amor e lágrimas, em rimas,
em paisagem,
ou miragem,
ilusão que é criação.
E a obra, aberta ou da treta,
na cor preta,
ou em outra, claro ou escuro,
no obscuro da morte ou da sorte,
da vida sofrida,
é harmonia, alegria, na noite ou no dia,
e sons, de luz, e até em ponto cruz!
E o artista à vista,
Artesão com visão e sem aversão
Usa de facto um artefacto,
Um artifício como um vício, em sacrifício.
E surge a multimédia, artimédia, que está na média.
E que em símbolos,
Ou em blues,
Cria texturas, amarguras e estruturas futuras.
E assim na vanguarda, sem guarda do sem nexo,
Surge o sexo, convexo, em escultura, pintura,
Que perdura no tempo, sem contratempo.
E a ARTE
Que é parte da anti-arte,
Faz de um artolas, às vezes sem bolas,
Um nome com renome,
Que grita ritmadamente, em pinceladas encharcadas
De tintas e fintas:
Viva a ARTE!!!
E alguém mais que estava ali
Lembra o louco do Dali
E tudo o resto que de resto
Lembra que nem sempre ARTE
É coisa de belo e que farte
o olhar e os sentidos que de serem tão traídos
por essa tal de… ARTE?
ficam cegos, surdos, mudos
achando-se uns cornudos
e mandados para tal parte…
E aquela obra prima
pobre em cor e crua em rima
é apenas uma tela
engasgada na goela
do esforçado voyeur.
Por isso a ARTE do belo deve sê-lo!
Por isso a ARTE do verdadeiro artista deve estar à vista!
Por isso a ARTE da Linguagem deve ser uma viagem!
Por isso a ARTE da cor deve falar de amor!
Por isso a ARTE do traço deve mostrar o abraço!
Por isso a ARTE do som deve variar em tom!
Por isso a ARTE ilusão deve iludir a visão!
Por isso a ARTE ciência deve envolver consciência!
Por isso a ARTE de amar deve sempre ter um par!
Por isso a ARTE nascer deve sempre ser um querer!
Por isso a ARTE viver deve dizer aprender!
Por isso a ARTE morrer deve dizer não esquecer!
Por isso a ARTE da manha deve ter uma artimanha!
Por isso a ARTE com nome deve sempre ter renome!
Por isso a ARTE da ARTE deve ter um nome à parte!
Por isso, por isto e aquilo,
Se a ARTE for anti-arte,
Abaixo a ARTE!!!

19/10/04


O nossos PARABÉNS à nossa poetisa (Ângela Ferreira) que nunca nos deixa ficar mal!!!

15 março 2007

Ainda os CUBOS ...

Aqui ficam mais uns exemplos dos cubos expostos!


Parabéns a todos os que participaram neste evento!!!

Arranque Oficial!!!

O Encontrarte teve finalmente a sua abertura oficial!

Dramatizações, música, exposições ... enfim, um pouco de tudo.
Afinal de falamos???? De ARTE ... é claro!

Fica aqui uma pequena amostra da exposição "Cubo Sustentável".




08 fevereiro 2007

La Biennale di Venezia




Este ano é ano de Bienal. Para não variar (muito) o Eduardo Souto de Moura e o Álvaro Siza Vieira continuam a ser referência na secção portuguesa.
Seja como for, é um site de referência. A consultar, sem falta!... http://www.labiennale.org/

Arte | Informática ??? !!!

Há ainda quem torça o nariz para a arte criada com o auxílio do computador, mas a verdade é que a cada dia aumenta mais o número de utilizadores dessa ferramenta que ajuda a fazer arte e que vem permitindo uma maior democratização dos conhecimentos artísticos, além de aumentar o número de interessados na arte tradicional.

Alguns artistas, com origem nas telas com tinta a óleo, já utilizaram nas suas criações o computador, assim como a fotografia, a serigrafia e outras formas de materialização das suas artes.
A artista plástica indiana Mamta Baruah Herland, actualmente residente na Noruega, é uma das defensoras das novas tecnologias que facilitam a vida dos artistas, reduzindo as operações manuais e aumentando o tempo para a criação.

O uso da tecnologia digital na criação da arte pode influenciar as ideias, a atitude e percepção dos artistas, resultando em possibilidades para uma mudança do índice, da forma e do contexto da obra artística.

Os computadores representam um desafio tão dramático para a pintura como aquele produzido pela fotografia há cem anos. A tecnologia digital não substituirá os velhos meios, mas incentivará novas maneiras de pensar e de trabalhar, criando uma sinergia e uma integração entre os processos velhos e novos, além ampliar a diversidade e liberdade para a criação.


gajas nuas

http://www.lynandtony.com/

tal como prometi ao miguel um site de .... .... nuas
mas vale a pena ver

07 fevereiro 2007


06 fevereiro 2007

As maçãs...



Consta que um artista, o que sabe fazer (bem?) é desenhar maçãs...
Claro que não! Há uns que sabem fazer (bem!) filmes e, por um acaso, ou talvez não, são arquitectos. Fernando Meirelles, arquitecto de formação realizou a Cidade de Deus e aposto que não sabe desenhar uma maçã melhor que um geógrafo... cose della vita!

NB - Não voltarei a escrever neste blog. Quando quiser um blog só meu, invento um. Maçãs para todos!

E se um arquitecto tiver sentido de humor, o que acontece?



Sim, a Crooked House, em Sopot - Polónia, só pode ter sido imaginada por alguém com muito sentido de humor: um arquitecto!

03 fevereiro 2007

Manifesto Futurista, como ele é!...



Manifesto del Futurismo
20 Febbraio 1909, "Le Figaro"

1-Noi vogliamo cantare l'amor del pericolo, l'abitudine all'energia e alla temerità.

2-Il coraggio, l'audacia, la ribellione, saranno elementi essenziali della nostra poesia.

3-La letteratura esaltò fino ad oggi l'immobilità penosa, l'estasi ed il sonno. Noi vogliamo esaltare il movimento aggressivo, l'insonnia febbrile, il passo di corsa, il salto mortale, lo schiaffo ed il pugno.

4-Noi affermiamo che la magnificenza del mondo si è arricchita di una bellezza nuova: la bellezza della velocità

5-Noi vogliamo inneggiare all'uomo che tiene il volante, la cui asta attraversa la Terra, lanciata a corsa, essa pure, sul circuito della sua orbita.

6-Bisogna che il poeta si prodichi con ardore, sfarzo e magnificenza, per aumentare l'entusiastico fervore degli elementi primordiali.

7-Non vi è più bellezza se non nella lotta. Nessuna opera che non abbia un carattere aggressivo può essere un capolavoro.

8-Noi siamo sul patrimonio estremo dei secoli! poichè abbiamo già creata l'eterna velocità onnipresente.

9-Noi vogliamo glorificare la guerra-sola igene del mondo-il militarismo, il patriottismo, il gesto distruttore

10-Noi vogliamo distruggere i musei, le biblioteche, le accademie d'ogni specie e combattere contro il moralismo, il femminismo e contro ogni viltà opportunistica o utilitaria

11-Noi canteremo le locomotive dall'ampio petto, il volo scivolante degli areoplani. E' dall'Italia che lanciamo questo manifesto di violenza travolgente e incendiaria col quale fondiamo oggi il Futurismo

Queste le parole con cui Filippo Tommaso Marinetti fonda il 20 Febbraio 1909, a Parigi il manifesto futurista.

28 janeiro 2007

Monsieur Cheval, le facteur ou "Quem quer ser arquitecto?"

Ferdinand Cheval, qui a construit son Palais Idéal pierre par pierre pendant trente trois ans, avait un «jumeau» artistique et il n'en savait rien. Jamais Antonio Gaudi, l'architecte catalan et le paysan Cheval ne se seront rencontrés et pourtant, ils auront participé, chacun de leur côté, au grand mouvement de l'art moderne et au surréalisme.
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Pas sûr qu'une telle histoire se produirait aujourd'hui. Ferdinand Cheval était inspiré, tout seul dans son coin, et il réalisait son rêve en entassant des cailloux. Sans modèle, sans jamais rien échanger, sans rien. Si ce n'est l'observation de quelques cartes postales du monde entier qu'il distribuait au cours de son interminable tournée dans la campagne drômoise.

25 janeiro 2007

o arquitecto e a ARTe (falando sério)












O acto criador do arquitecto encontra-se irremediavelmente apegado a fins específicos e sempre na contingência de ser executado mediante a observância de determinados limites. Esta relação dialéctica entre o modo como o arquitecto poderá agir e como age é mais notável na arquitectura do que em qualquer outra expressão artística, em que o artista apesar de, obviamente, se encontrar num determinado espaço e num determinado tempo pode executar as suas obras de forma mais liberta (descurando uma funcionalidade imediata que obviamente não o importunará), não se prendendo a necessidades imediatas e não considerando as coisas primordialmente sob o signo do útil. Na arquitectura esta relação é inevitável. Ainda assim, os grandes movimentos artísticos tiveram sempre o seu reflexo na arquitectura, sendo esta a imagem imponentemente visível dos diversos postulados que norteiam a acção da maior parte desses movimentos. Daí a sua importância para estes. Marcel Duchamp pautou a sua vida por atitudes irónicas que vieram a tornar-se artísticas. A criação dos ready-made terá surgido mais de uma atitude provocatória do que de uma postura intelectual ou artística. Mas não faltaram ideólogos dispostos a justificar teoricamente os ready-made, mas isso é outra discussão. Se se analisar a obra Pharmacie (1914), pode verificar-se que é uma reprodução barata de uma paisagem desinteressante, provavelmente comprada num bazar barato (podem acima ver-se 3 versões realizados em anos diferentes por Duchamp ou outros artistas). Esteticamente é particularmente patética, a paisagem, as cores da reprodução e mesmo os dois pontos acrescentados por Duchamp (um vermelho e um verde ou azul, já que a obra foi replicada pelo artista e por outros artistas). No entanto, a ideia de fazer uma intervenção aleatória num suporte existente, é tão original como irónica. Interrogado sobre qual das atitudes prevaleceu na obra, respondeu aos seus interlocutores como Einstein respondeu à comunidade científica quando lhe perguntaram como provar a Teoria da Relatividade: encolhendo os ombros. Não será isso o acto genuinamente artístico?

24 janeiro 2007


Pintura, escultura, desenho, arquitectura, design, cinema, fotografia, teatro, literatura...
Ainda que estas formas de expressão povoem o nosso quotidiano, a verdade é que para muitos de nós, e principalmente para muitos dos nossos alunos, elas se mantém distantes, estranhas, incompreensíveis. A “redescoberta do outro e do outro mundo fica por fazer e a nossa perspectiva do que nos rodeia fica muito limitada”.
Este projecto nasce, assim, da vontade de promover uma urgente literacia em artes, através de actividades que conduzam:
. à apropriação das linguagens elementares das artes;
. ao desenvolvimento da criatividade;
. ao desenvolvimento da capacidade de expressão e comunicação;
. à compreensão das artes no contexto.

Pensar num projecto para o desenvolvimento do ensino artístico é um desafio.
UM GRANDE DESAFIO... porque se pretende um trabalho interdisciplinar, porque se pretende mexer com a imaginação, a razão e a emoção de alunos, professores e toda a comunidade educativa. Mas esta chamada de atenção para as diferentes manifestações artísticas influenciará, decerto, a aprendizagem de todos, pois, recorrendo ao que é apresentado no Currículo Nacional do Ensino Básico, (...) contribui para o desenvolvimento de diferentes competências e reflecte-se no modo como se pensa, no que se pensa e no que se produz com o pensamento.”

Só para começar ...


“A Arte ensina-nos a ver. Ela motiva-nos e instiga a nossa curiosidade para uma redescoberta do outro mundo. Pela arte sentimo-nos convidados a relativizar o nosso reduto individualista e a adoptar posturas diferentes, abrindo-nos a novas perspectivas de leitura de tudo aquilo que nos rodeia.”

René Huygue